sábado, 22 de junho de 2013

Música e Madrugadas de Minas

Trabalhando com meu pai pelas madrugadas  de Minas,a saber ,de 1963 (quando ele me ensinou a linguagem musical) à 1983,quando teve o primeiro enfarte,me esqueci da importância de documentos,configuradores de datas e registro de história vivida Era tão doce trabalhar com ele como músico que trabalhávamos mais de dez horas,fizemos isto por vinte anos,e nem sentia cansaçoAlgumas concepções dele de som,talvez só possa compreender na Escola de FísicaMe ensinou brincando,toda a linguagrm musical corrente e me levou a reflexões sobre som que,só agora vinte anos depois,começo a compreender Me dizia,por exemplo,que as escalas indianas eram comáticas,não cromáticasOu seja,entre um semitom e outro há sons Os comasEstou tentando entender a realidade de sons interpenetrando uns com os outrosA partitura tradicional traduz sons,um em cima do outro,acordes Ou um ao lado do outroLinha melódicaTalvez um espectômetro me ajudeTalvez,algumas suponho,que,por exemplo,no momento da interceção entre um mi e um dó,naquele pequenino espaço,os harmônicos da cada uma das notas possa formar micro acordes cromáticos,não sei..Que saudade Gostaria de estar conversando com ele agoraAfinávamos  muitos instrumentos no espaço de um mês,então,tenho dentro,minha percepção musical está fortemente ligada aos harmônicos...

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